Saudações, VIPs! Adoro começar a semana com novidades aqui no blog. E como eu havia comentado nesse post aqui,
vou
responder algumas perguntas referentes às minhas preferências por DJs,
dessa vez pelos regionais. A profissional que eu escolhi vem de lá da terra do axé, é bastante talentosa e tem um carisma indescritível. Estou falando da DJ baiana Renata Dias. Pra quem não a conhece, essa é a chance de saber um pouco mais sobre o seu trabalho. Curtiram?
Nascida em Salvador, a DJ e empresária da área de
marketing promocional e eventos, apaixonada por música eletrônica, começou a
comandar as cabines em junho de 2007 e de lá para cá, respira esse universo e
suas infinitas vertentes que a realizam como admiradora da boa música e hoje
também como profissional do meio.
Resolvi fazer também uma
entrevista com ela, saber como tudo começou, quais foram os eventos que
marcaram a sua carreira e o motivo do carinho dela para com os Aracajuanos.
Confiram a entrevista..
Blog: De onde surgiu a ideia de ser DJ?
DJ: Sempre gostei de música e a paixão pelo eletrônico veio no
despertar de uma Renata mais intensa, mais independente, que sempre era a
primeira a chegar e última a sair das festas, dançando até a última batida. Me
sentia tão seduzida que cheguei a rodar o Brasil atrás de grandes eventos
itinerantes, já que em Salvador a cena ainda era muito limitada aos
clubs.
A
grande verdade é que o desejo de ser DJ não surgiu por iniciativa minha. Eu
nunca havia me imaginado do outro lado da pick up, até que o dono de uma
produtora local perguntou se eu não queria fazer um curso e tocar na casa
dele... Na época o convite aconteceu porque eu era divertida, bem relacionada e
sim, uma "carinha bonita". Criamos um grupo de garotas e ficamos
residentes por 8 meses lá, mas no meu 1º Play eu já sabia que havia encontrado
o meu caminho. Tinha uma gana por aprender cada dia mais e crescer na profissão,
queria mostrar às pessoas (e aos meus colegas de trabalho) que eu ia além do
visual bacana em uma apresentação.
Fui
à São Paulo para aperfeiçoar minha técnina e de lá pra cá venho alimentando
essa paixão pela arte de encantar, de tentar satisfazer as expectativas de quem
curte o meu trabalho. Hoje não me imagino fazendo outra coisa!
Blog: O que um DJ precisa para ser bom naquilo que faz?
DJ: Vivemos um momento
desgastante no mercado eletrônico, como já diria a Claudia Assef, “Todo mundo é
DJ”... Com a internet e a facilidade de ter acesso ao que rola no mundo,
qualquer um se considera capaz de “juntar um repertório e discotecar na noite”.
Todo mundo quer ser DJ e isso atrapalha aqueles que desenvolvem um trabalho
sério.
Sempre levanto o polêmico tema dos “bbb’s”... BBB pode ser DJ? Sim. Assim como pode ser médico, advogado, arquiteto... O segredo é que como em qualquer outra profissão, estudo e dedicação são fundamentais, porque o mercado absorve tanto os bons, como os maus profissionais. “DJs” que se apresentam sem o menor conhecimento das técnicas primariamente necessárias, com músicas gravadas em baixa qualidade em troca de garrafas de bebida, por cortesias ou de graça apenas para ter o nome divulgado, banalizando o trabalho de tantos outros que investem em pesquisa, equipamentos e softwares.
Quer ser DJ, não se venda por pouco. Não queime a sua imagem achando
que estar bem na mídia é ter uma foto num flyer qualquer. Se quer holofotes se
inscreva num reality show, faça teatro ou se candidate à algum cargo
político... Mas se quer ser DJ, seja auto-crítico, dedicado, entregue o seu
corpo (e a sua alma) a cada batida e surpreenda nas pistas. Se surpreenda
sempre. Ser DJ é uma arte que necessita agregar inúmeros adjetivos e para isso
não adianta ser bonito, popular ou achar que entende de música, tem que ser
DJ.
Não sou radical e sou contra a teoria de que já se nasce DJ ou que o DJ
para ser bom tem que tocar de vinil ou de “wxyz”... Para os apaixonados pela
profissão a dica é: Se especializem! Estudem, pesquisem fora do universo
comercial, do que rola nas rádios. Façam cursos e se atualizem, aprendam a
compreender o que te faz feliz nas pick ups e aprendam a entender (e aceitar)
que o que importa é a resposta do público e não o seu gosto musical...
DJ: Conheço DJs que só tocam o que gostam e se a
pista não curte, é porque eles, os convidados, estão no lugar errado.
Preocupam-se exclusivamente em impor o seu conceito. Até acho que os grandes
nomes da música eletrônica podem se dá a esse luxo, porque já são conhecidos e
a internet está aí para vender esse conceito, para disseminar outras
vertentes, trazer uma cultura diferente do que rola nas rádios e fomentar um
universo de possibilidades dentro do segmento eletrônico. Muitas vezes a
responsabilidade é do contratante que não pesquisa o perfil do profissional e por ser famoso,
joga ele em um evento onde não rola uma comunicação bacana com o público. Mas
quando falamos de DJs como eu, que ainda estão começando na estrada, a conversa
muda completamente. Temos que nos preocupar sim e focar na pista. Quem só toca
o que gosta, não precisa de feeling para identificar um público, impõe o que
tem e ponto final. Se você faz um bom trabalho, o contratante vai querer ter
você de volta, se você faz qualquer outra coisa, você não volta para aquela
casa.
Houve um tempo que
eu só tocava para agradar a pista. Hoje, me dedico a mostrar que existe uma
Renata que pode se adequar a cada momento em uma mesma noite e isso me permite
explorar o que eu curto também. A pluralidade de um profissional denota a
capacidade que ele tem de se adaptar aos mais diversos imprevistos e a atender
as expectativas dos mais variados tipos de público. Não acho que denigre a imagem de
nenhum profissional, estudar e ter bagagem para usar o tal famoso feeling em
uma pista. Se eu conquisto o público, o sentimento de trabalho cumprido é
definitivamente superior ao desejo de tocar somente o que eu gosto. Ver a
resposta final positiva é o que vale e que me faz feliz!
DJ: Sou incorrigível quando o assunto é falar
dos eventos que fiz parte, porque cada um deixou em mim um gostinho mais que
especial. Lembro de cada cabine que passei, das pessoas incríveis que conheci e
em muitos casos até das músicas que toquei, mas é claro que tive alguns eventos
que me marcaram muito. Edições do FDS, Let's Burn, Sauípe Folia & Fest,
meus camarotes lindos durante o Pré-Caju e 4 carnavais, mas não poderia deixar
de citar as duas edições do Festival de Verão, pela oportunidade de fazer
parte do maior evento de música da Bahia, com aquele mar de gente vibrando,
encantados pela magia da música eletrônica e sem nenhuma dúvida, a Ministry Of
Sound Aracaju. Acho que essa gig me apresentou de uma forma muito inteira para
o público, consagrou o carinho e a reciprocidade que rola entre esse coração baiano
e os sergipanos.
DJ: E lá vou eu me repetir, risos... Entre nós
rola uma energia tão contagiante, que cada minuto se torna inesquecível! A
festa não precisa estar lotada, às vezes o contexto é outro que não o
eletrônico e eu estou lá de gaiata no meio. Tocar em Aracaju é sempre
gratificante e é o meu momento de renovar as energias. Fico esperando uma
ligação para pedir uma data. Gosto dos clubs, dos eventos, dos contratantes,
das pessoas, de tudo. Me sinto em casa de verdade. Sei do carinho que têm por
mim e sinto isso fluir para o universo. Pessoas que mal me conhecem falam: -
Você adora tocar em Aracaju, né? (risos).
Para mim vocês são únicos. Dançam até de manhã, conhecem e cantam todas as músicas (até as que ainda não aprendi a letra), se emocionam junto comigo e o resultado disso é esse encantamento, essa química gostosa, essa entrega. Com vocês eu sou a DJ Renata Dias que gostaria de ser em qualquer lugar e que muitas vezes não rola. Para meus amados "amigos fãs" de Aracaju, deixo o meu agradecimento sincero e de todo coração. (palmas!!)
Blog: Qual o seu critério na hora de
montar um set? E por falar em set, queria que você comentasse um pouco
sobre o "Celebrate Life" lançado recentemente na rede.
DJ: Tento
não focar no que está rolando em todos os sets do mundo, muitas vezes
evito ouvir outros, porque percebo que alguns DJs só mudam a ordem das
músicas e no final o set list é o mesmo. Pesquiso em outros canais além
do famoso Beatport, mesclo com umas músicas que ainda são novidades, mas
que acredito que ainda virão a estourar. Acho que tem dado certo.
O Celebrate Life tem um gostinho especial porque foi um set pensado e
amadurecido com uma coerência que muitas vezes não me pertence e num
determinado momento de fragilidade por conta de um problema de saúde, hoje graças a Deus, já superado.
Ele foi meio enrolado de finalizar e apesar de ter sido idealizado por mais de um mês, ele não saía. Fiquei na dúvida do nome, insegura com a arte final, se as tracks escolhidas estavam equilibradas e no final das contas, decidi pedir um "help" para um super "amigo fã" que todos os dias me alimenta com um sentimento de positividade absurda, Rodrigo Vieira, vulgo Paulinho, deste blog bacanérrimo. Ele escolheu o nome e com 8 opções de arte, decidiu também qual seria a cara do Celebrate Life. Foi um encontro perfeito do qual eu senti e que ele concebeu!
Esse set transparece o meu imenso desejo de que possamos, todos os dias, celebrar esse presente fantástico que é a nossa vida!!! Com altos e baixos, com perdas e conquistas, mas sempre com emoção e entrega, com a coragem necessária para seguir em frente tendo a certeza de que dias melhores estão por vir! Permitam-se... Celebrate Life!!!
E aí, gostaram da entrevista? A Renata é uma querida, né? Agradeço mais uma vez a ela por ter confiado em mim para sugerir o nome do seu set e por topar participar dessa entrevista para o blog. Estou mega feliz com o resultado!
Curtiu? Compartilha!
Valeu, pessoal! Até mais.
Ele foi meio enrolado de finalizar e apesar de ter sido idealizado por mais de um mês, ele não saía. Fiquei na dúvida do nome, insegura com a arte final, se as tracks escolhidas estavam equilibradas e no final das contas, decidi pedir um "help" para um super "amigo fã" que todos os dias me alimenta com um sentimento de positividade absurda, Rodrigo Vieira, vulgo Paulinho, deste blog bacanérrimo. Ele escolheu o nome e com 8 opções de arte, decidiu também qual seria a cara do Celebrate Life. Foi um encontro perfeito do qual eu senti e que ele concebeu!
Esse set transparece o meu imenso desejo de que possamos, todos os dias, celebrar esse presente fantástico que é a nossa vida!!! Com altos e baixos, com perdas e conquistas, mas sempre com emoção e entrega, com a coragem necessária para seguir em frente tendo a certeza de que dias melhores estão por vir! Permitam-se... Celebrate Life!!!
E aí, gostaram da entrevista? A Renata é uma querida, né? Agradeço mais uma vez a ela por ter confiado em mim para sugerir o nome do seu set e por topar participar dessa entrevista para o blog. Estou mega feliz com o resultado!
Curtiu? Compartilha!
Valeu, pessoal! Até mais.
show de bola, demais!!
ResponderExcluirValeu, Dani!
ExcluirO blog tá topado, Paulinho! O Celebrate Life, para mim, foi o melhor! Curto demais o som dela. Show!
ResponderExcluirAdriano :D
A Renata é show, né?! Rs
Excluirai meu Deus que lindo, amei amei Baiana que adoro, sucesso sempre Deus continue iluminando! #AjuTeAdora ;D meu parceiro parabéns mais uma vez novamente de novo pelo blog kkkk esta muito lindo continue assim, estou sempre torcendo e te apoiando, beijos amigo ;*
ResponderExcluirBrigadão, minha parceira! Bjo
ExcluirPaulinho vc tá d+++++ adorei essa entrevista com a maravilhosa Renata Dias. Parabéns.
ResponderExcluirValeu, Vaninha. Que bom que vc curtiu!!!
ExcluirRodrigo, parabéns peça entrevista, a pouco menos de 2 anos eu comecei a me interessar pelo Universo da Música eletrônica, tenho muito que aprender sobre os Djs mas hj seu viciado em um boa balada com musica eletrônica, e seguramente estarei presente no Camarote Aju e espero encontra-lo por lá e cumprimenta-lo. Abraços.
ResponderExcluirQue bom que vc gostou da entrevista, Reginaldo! Nos vemos por lá. Abraços
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